terça-feira, 22 de outubro de 2013

Revistas Relacionadas à FISIOTERAPIA

          Com intuito de divulgar os trabalhos produzidos e publicados e ainda facilitar o acesso, segue abaixo relação das revistas e sites:

Fisioterapia em Movimento: http://www2.pucpr.br/reol/index.php/rfm

Fisioterapia em Evidência: http://www.dombosco.com.br/faculdade/revistafisioterapia7.php ou http://www.dombosco.com.br/faculdade/index.php

Fisio Brasil: http://www.fisiobrasil.com.br/default_frame.asp

Fisioterapia & Pesquisa (USP): http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1809-2950&nrm=iso&rep=

Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada (SOBAMA): http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/sobama/sobamaorg/inicio.htm

Revista Brasileira de Fisioterapia: http://www.rbf-bjpt.org.br/

Acta Fisiátrica: http://www.actafisiatrica.org.br/

Fisioterapia Ser: http://www.editoraser.com.br/index.html

Inspirar: http://www.inspirar.com.br/revista/

Nova Fisio: http://www.novafisio.com.br/

Fisioterapia Brasil: http://www.editoraatlantica.com.br/fisioterapia/

terça-feira, 2 de julho de 2013

CISTO DE TARLOV

     O cisto perineurial pode surgir em vários níveis, sendo a maioria assintomática. Os cistos aracnóides no canal espinhal podem ser: intradurais, extradurais e perineuriais.
     Em 1938, no Montreal Neurological Institute, Isadore M. Tarlov5 durante a dissecção do filum terminal de 30 cadáveres e sendo esta região raramente explorada em autópsias, descreveu a presença de cistos na porção posterior da raiz quando na junção do gânglio espinhal. Tarlov visualizou cistos extradurais, frequentemente múltiplos em nervos da região sacral e ou coccígena, ficando conhecido como cisto de Tarlov, também referido como cisto perineural, divertículo de raiz nervosa, cisto meningeal, cisto sacral e cisto de aracnóide.
     Pode-se definir que o cisto de Tarlov é uma dilatação cística no espaço subaracnóideo no canal sacral8 ao nível da junção da raiz dorsal com o gânglio espinhal, entre o perineuro e o endoneuro. Provocam compressão de estruturas nervosas e/ou ósseas adjacentes e com isso acarretando uma sintomatologia importante.
image
Fig. 1 – Esquema de cistos em raízes nervosas.
A) Raiz posterior, B) Raiz anterior, C) Nervo, D) Epineuro, E) Perineuro, F) Endoneuro, 1 esquema de um nervo normal, 2 cisto meníngeo extradural, 3 proliferação de aracnóide, 4 divertículo da meninge, 5 cisto perineural – cisto de Tarlov e 6 meningocele intrasacral.
     A maioria dos cistos de Tarlov é assintomático e diagnosticados como achado, quando sintomáticos provocam dor músculo-esquelética em região lombossacral e em membros inferiores, semelhante a uma radiculopatia.
     Apresentam maior incidência no sexo feminino com faixa etária mais acometida entre 32 e 56 anos. A queixa principal dos pacientes pode ser desde sacralgia isolada, lombociatalgia até alterações
esfincterianas, sensitivas e dispareunia. Os cistos de Tarlov podem apresentar sintomatologia clínica semelhante à hérnia discal lombossacra.
     O tratamento para cisto de Tarlov baseia-se no consenso geral referente às patologias degenerativas de coluna lombossacra: diagnosticar se existe compressão nervosa e/ou óssea, para que se possa traçar uma conduta clínica e se necessário, um procedimento cirúrgico.
     O bom resultado do tratamento escolhido será determinado pela exatidão de diagnóstico, isto é, saber se existe outra patologia inerente à região como protusões discais, espondilolistese, osteofitose ou somente se a presença do cisto que provoca o quadro clínico do doente. Caso seja um cisto menor de 1,5 cm e sem alterações ósseas no local, o tratamento é controverso15 e, sendo maior ou igual a este valor, o procedimento cirúrgico será satisfatório.
     O procedimento cirúrgico envolve uma laminectomia para a descompressão do cisto. A cirurgia poderá acarretar complicações tais como: fístula liquórica, infecção, lesão nervosa e recidiva.
     Uma conduta clínica acarreta uso de medicação analgésica, antidepressivos, fisioterapia e analgesia peridural.
Fonte:
Márcia Cristina da Paixão Rodrigues Miranda de Sá, Renato Carlos Ferreira Leite Miranda de Sá. CISTOS DE TARLOV Relato de quatro casos. Arq Neuropsiquiatr 2004;62(3-A):689-694.
Márcia Cristina DE SÁ, Carla Tereza D’ANGELO, Guilherme DA ROS MALACARNE, Pedro NETO, Jorge PAGURA. CISTO DE TARLOV Definição, Etiopatogenia, Propedêutica e Linhas de Tratamento. Acta Med Port 2008; 21: 171-178.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

A importância da intervenção da fisioterapia na fase inicial da hemiplegia após acidente vascular encefálico

Juliana Ribeiro Magalhães1
j_magal@hotmail.com
Dayana Mejia²
Pós-graduação em fisioterapia neurofuncional – Faculdade Ávila

 

1. Introdução
O presente artigo tem como objetivo mostrar a importância da intervenção
fisioterapêutica de forma precoce em pacientes portadores de hemiplegia após acidente vascular encefálico.
Com a especificação da anatomia do sistema nervoso torna-se possível o entendimento das doenças que acometem este seguimento. Neste trabalho iremos estudar mais profundamente o sistema nervoso central, suas diferentes estruturas bem como função e localização.
O acidente vascular encefálico é uma doença neurovascular muito comum, trazendo conseqüências cognitivas e motoras para os indivíduos portadores. A hemiplegia é a desordem motora mais comum apresentada pelos pacientes. A hemiplegia se divide em várias fases, sendo que na inicial é comum a falta total do movimento bem como a flacidez dos membros atingidos. Por ser uma condição que trás grande incapacidade para o paciente é importante que o tratamento busque a total ou quase total recuperação, possibilitando o retorno às atividades de vida diária, bem como o retorno à atividade ocupacional.

Para efeito de adequação a nova nomenclatura o Acidente Vascular Cerebral será abordado neste trabalho considerará como Acidente Vascular Encefálico.


2. A hemiplegia e a fisioterapia
2.1 Anatomia do sistema nervoso

Spence (1991) afirma que existe apenas um sistema nervoso, ele pode ser separado em várias partes, de acordo com as características funcionais e de localização.

Estruturalmente o sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.


2.1.1 A anatomia do sistema nervoso central
O sistema nervoso central está completamente envolvido por estruturas ósseas e é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. O primeiro alojado na cavidade craniana e o segundo no canal da coluna vertebral. Este sistema representa o centro integrador e controlador de todo sistema nervoso. Ele recebe impulsos sensitivos do sistema nervoso periférico e formula respostas para tais impulsos. (SPENCE, 1991)


2.1.2 A anatomia do sistema nervoso periférico
Entende Spence (1991) que o sistema nervoso periférico é formado pelas estruturas que se localizam fora do sistema nervoso central. Conhecidas como nervos e gânglios. O primeiro se conecta às partes do corpo e seus receptores com o sistema nervoso central.
O segundo consiste em um grupo de células nervosas que se associam aos nervos. O mesmo autor ainda diz que este sistema é formado por 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinhais.
− Os nervos cranianos se originam no cérebro e no tronco encefálico e deixam a cavidade craniana através de forames do crânio. (SPENCE 1991)
− Os nervos espinhais se originam na medula espinham e deixam o canal vertebral através de forames intervertebrais. (SPENCE 1991)


2.2 O sistema nervoso central
Este trabalho abordará mais profundamente o sistema nervoso central tendo em vista sua importância para o melhor entendimento do assunto discutido.

Compreende Spence (1991) que o sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e pela medula espinal, que já foi citado anteriormente. O encéfalo apresenta algumas subdivisões, são elas: o telencéfalo; o diencéfalo; o mesencéfalo; metencéfalo; mielencéfalo; os ventrículos encefálicos; as meninges e o liquido cerebrosquial.


2.2.1 O telencéfalo
Consiste em dois hemisférios cerebrais, o direito e o esquerdo, juntos formam o cérebro. Este apresenta uma camada externa, a substância cinzenta, constituída principalmente de corpos neurais e fibras amielínicas, e recebe o nome de córtex do cérebro. Essa substância cinzenta também está localizada no interior de cada hemisfério cerebral, neste é conhecida como núcleos da base. Entre a substância cinzenta do córtex e os núcleos da base encontra-se a substância branca. Esta por sua vez é constituída de fibras nervosas mielínicas. Ainda no interior de cada ventrículo cerebral pode-se encontrar uma cavidade preenchida por líquido cerebrispinal, que recebe o nome de ventrículo lateral. (SPENCE 1991)
Segundo Spence (1991) no sistema nervoso central existem feixes de fibras nervosas denominadas tractos. São eles:
− Tractos de proteção: responsáveis pela condução de impulsos descendentes, ou seja, motores e de impulsos ascendentes, estes sensitivos;
− Tractos de associação: conectam várias áreas do córtex do cérebro no interior do mesmo hemisfério;
− Tractos comissurais: conectam os hemisférios direito e esquerdo. Os principais são a comissura anterior e o corpo caloso.


2.2.1.1 Áreas funcionais do córtex do cérebro
Para se entender as divisões funcionais do órgão, deve-se ter em mente que nenhuma área do cérebro funciona independente da outra, devido suas complexas conexões já citadas anteriormente.
Cohen (2001) diz que o estudo realizado por Penfield em 1930 foi capaz de produzir uma representação completa do Cortez motor, esse mapeamento recebeu o nome de Homúnculo (figura 1). Traz um estudo que comprova que as áreas de coordenação motora fina são representadas em grandes áreas do córtex motor.

2.2.1.1.1 Área motora primária
Esta área está localizada no giro pré-central do lobo frontal. É responsável pelo controle das contrações conscientes e voluntárias dos músculos estriados esqueléticos. (SPENCE 1991)


2.2.1.1.2 Área pré-motora
Está localizada anteriormente à área motora primária. São responsáveis pela contração muscular que resulta em movimentos estereotipados, como os usados para aprender a tocar um instrumento musical. Na margem inferior dessa área, no hemisfério esquerdo, está localizada a área de Broca, responsável por alguns aspectos da fala. (SPENCE 1991)


2.2.1.1.3 Área sensitiva primária
Localizado no giro pós-central do lobo parietal, é responsável pela transmissão das informações sensitivas tais como temperatura, tato, pressão, dor e propriocepção do corpo para o córtex do cérebro. (SPENCE 1991)

2.2.1.1.4 Área dos sentidos especiais (Spence 1991)
− Área da visão primária, localizada no lobo occipital;
− Área auditiva primária, localizada à margem do lobo temporal;
− Área olfatória primária, localizada sobre a superfície medial do lobo temporal;
− Área gustativa primária, localizada no lobo parietal, próximo à parte mais
interior do giro pós-central.

2.2.1.1.5 Área de associação
Esta circunda áreas primárias sensitivas e motoras, interconectando estas áreas. (SPENCE 1991)


2.2.1.2 Núcleos da base
Explica Spence (1991) que os núcleos da base estão envolvidos com funções somáticas motoras. Eles fazem parte do sistema extrapiramidal. Com isso percebe-se que as atividades motoras somáticas do corpo são controladas tanto por neurônios piramidais do córtex do cérebro como pelos neurônios motores localizados em outros locais do cérebro. A função dos núcleos da base é inibir a função motora. Uma lesão nessa região pode resultar em contrações involuntárias dos músculos esqueléticos.


2.2.1.3 Bulbos olfatórios
Segundo Spence (1991) os bulbos olfatórios são responsáveis pelo sentido do olfato.


2.2.2 O Diencéfalo
Representa a segunda subdivisão do encéfalo. Em quase sua totalidade não é visível pelo exterior do encéfalo. Suas principais poções são o tálamo, o hipotálamo e o epitálamo. (SPENSE 1991)


2.2.2.1 O Tálamo
Leciona Spence (1991) que o tálamo consiste em duas massas ovóides de substância cinzenta que formam as paredes laterais do terceiro ventrículo. Se situa em cada hemisfério cerebral, e cada lado é unido por uma pequena ponte chamada aderência intertalâmica. Atua como principal relé sensitivo e centro integrador do encéfalo.

2.2.2.2 O Hipotálamo
De acordo com Spence (1991) o hipotálamo está situado abaixo do tálamo e controla vários processos vitais, muitos deles associados ao sistema nervoso autônomo, envolvendo-se assim na regulação da temperatura corpórea, balanço hídrico, apetite, atividade gastrointestinal, sexual e emoções de medo e raiva.


2.2.2.3 O epitálamo
Está situado na porção dorsal do diencéfalo, formando um fino teto sobre o terceiro ventrículo. (SPENCE 1991)


2.2.3 O mesencéfalo
Para Spence (1991) o mesencéfalo é uma região curta e estreita entre o encéfalo anterior e o posterior. Esta região está associada à coordenação dos impulsos entre o cerebelo e os hemisférios cerebrais, contribuindo desta forma para a coordenação de movimentos e para o sentido de equilíbrio.


2.2.4 O metencéfalo
O metencéfalo está localizado na porção mais superior do encéfalo posterior. Divide-se em duas principais estruturas, o cerebelo e a ponte. (SPENCE 1991)


2.2.4.1 O cerebelo
Como diz Spence (1991) o cerebelo coordena as atividades dos músculos esqueléticos através das informações sensitivas que são levadas a ele pelos receptores para propriocepção e equilíbrio. Além disso participa no tato, visão e audição.


2.2.4.2 A ponte
Consiste num feixe de tractos nervosos e vários núcleos. A ponte funciona
principalmente como um meio de união entre o cérebro, tronco encefálico e cerebelo, proporcionando assim conexões entre níveis altos e baixos do sistema nervoso central. (SPENCE 1991)


2.2.5 Mielencéfalo
Ainda de acordo com Spence (1991) o mielencéfalo é também conhecido como bulbo, faz parte do chamado tronco encefálico, juntamente como a ponte e o mesencéfalo. Sobre a face ventral do bulbo, existem duas colunas externas de tractos e fibras nervosas que recebem o nome de pirâmides. Estas têm como função conduzir os impulsos nervosos motores voluntários da área motora primária do córtex do cérebro. Algumas das fibras das pirâmides cruzam o plano mediano, indo de uma pirâmide a outra. Esse cruzamento chama-se decussação das pirâmides. Como conseqüência as áreas motoras localizadas de um lado do córtex do cérebro podem controlar os movimentos musculares do lado oposto do corpo.


2.2.6 Ventrículos encefálicos
Estuda Spence (1991) que os ventrículos formam um sistema contínuo no encéfalo preenchido por líquido. Eles podem ser os ventrículos laterais, terceiro ventrículo e o quarto ventrículo.


2.2.7 Meninges
Leciona Spence (1991) que todo sistema nervoso central está envolvido por três camadas de tecido conjuntivo denominadas no conjunto como meninges. São elas: a dura-máter que consiste na meninge mais externa, é uma membrana resistente e espessa. Há ainda a aracnóide, meninge média que se localiza logo abaixo da dura-máter. Esta é uma membrana delicada. Por fim, temos a pia-máter, que consiste na membrana mais interna, é delicada e vascular, composta de tecido conjuntivo frouxo.


2.2.8 Líquido cerebrospinal
Diz Spence (1991) que o líquido cerebrospinal é um fluido aquoso, sua composição se assemelha ao plasma sanguíneo, ele funciona como um coxim para todo o sistemanervoso central, protegendo-o assim contra choques.


2.3 O Acidente Vascular Encefálico
AVC impedimento da irrigação sanguínea para alguma parte do cérebro, causado por hemorragia, embolo ou trombo (sin.: derrame, acidente cerebrovascular. (LOPES, 2005). Oliveira (2003) aponta que o sistema nervoso central pode ser acometido direta ou indiretamente de várias maneiras. Dentre elas destacam-se algumas doenças que podem ser primárias a lesão ou secundárias. São doenças sistêmicas que acometem o sistema nervoso central. O autor ainda afirma que o mecanismo de lesão é tão importante quanto a origem da doença. Pois assim pode-se ter um indício da intensidade e duração do quadro clínico apresentado. Assim de acordo com o mecanismo, pode-se dividir a lesão em neurovasculares, traumáticas, inflamatória/desmielinizantes, degenerativas, infecciosas, neoplásticas, metabólicas/nutricionais, tóxicas entre outras. Para este trabalho é importante apenas conhecermos o que são as lesões neurovasculares. Oliveira (2003) diz que este grupo de doenças é um dos principais grupos que afetam o sistema nervoso central. Sendo a principal causa de incapacitação física em países desenvolvidos. O acidente vascular encefálico, segundo Oliveira (2003), é manifestado por déficits neurológicos permanentes ou transitórios. Isto decorre da interrupção de suprimento sanguíneo com nutrientes, podendo ser por obstrução ou rompimento dos vasos. Sendo assim, hemorrágicos ou isquêmicos. A lesão pode ocorrer em uma veia ou artéria. Oliveira (2003) mostra que a classificação do acidente vascular é importante para poder traçar uma melhor terapêutica e prevenir lesões secundárias. O autor cita os principais
mecanismos de lesão vascular do tecido nervoso:
− Infarto: aterotrombótico; cardioembólico; lacunar; hemodinâmico e venoso;
− Hemorragia: intraparenquimatosa e subaracnóidea;
− Misto (infarto hemorrágico): cardioembólico; venoso e latrogênico.
O’sullivan (2004) aponta que o acidente vascular encefálico é o surgimento agudo de uma disfunção neurológica devido a uma anormalidade na circulação cerebral. Os sintomas que surgem dependem da área afetada do cérebro. Para serem classificados como acidente vascular, os déficits neurológicos devem persistir por pelo menos 24 horas. Tais déficits podem surgir de diversas formas como disfunções dos sentidos, da motricidade, cognição entre outras. Este trabalho irá abordar os déficits motores como
foco de estudo. O autor ainda afirma que os déficits motores caracterizam-se por paralisia (hemiplegia) ou fraqueza (hemiparesia). Mais comumente ocorrendo do lado do corpo oposto ao da lesão.
Os acidentes vasculares encefálicos podem ser classificados por categoria: de forma etiológica: trombose, êmbolo ou hemorragia; como categorias de tratamento: ataque isquêmico transitório; AVE menor; AVE maior; AVE em evolução e o AVE jovem; e ainda podem ser classificados de acordo com a categoria anatômica: território vascular específico. (O’SULLIVAN, 2004)


2.3.1 A hemiplegia
Lopes (2005) afirma que a hemiplegia é uma paralisia total, que atinge apenas uma metade do corpo ou parte dela. Isto ocorre como conseqüência de uma lesão no sistema nervoso central. Leciona Umphred (2004) que a hemiplegia é um sinal clássico de doença neurovascular do cérebro, sendo uma paralisia de um lado do corpo. Para Rabinovich (2008) o acidente vascular encefálico resulta em déficits neurológicos que podem ser permanentes ou temporários e de várias intensidades, podendo impossibilitá-lo de realizar as atividades de vida diária. Segundo Lianza (2007) a hemiplegia é uma situação comum, grave e potencialmente incapacitante. Consiste em uma síndrome caracterizada pela perda da motilidade voluntária em uma metade do corpo, denominado hemicorpo. A hemiplegia pode instalar-se no corpo de diferentes maneiras, dentre elas destacam-se a forma progressiva, precedida de pródomos ou ainda instala-se subitamente. A hemiplegia progressiva pode aparecer como conseqüência de uma doença degenerativa, por isso sua evolução depende da etiologia da doença, podendo levar horas, meses ou até mesmo anos.
A hemiplegia se dá de duas maneiras, a forma flácida e a espástica. Normalmente iniciase com a primeira e depois de um tempo indeterminado evolui para a segunda. Na primeira fase além da flacidez da musculatura, chamada de hipotonia, pode-se encontrar também a hipo ou arreflexia, que consiste na diminuição ou profunda ausência de sinais de automatismo medular. Na segunda fase encontra-se a hipertonia muscular que consiste na espasticidade, há ainda a presença de reflexos profundos vivos ou hiperativos, presença de sinais de automatismo medular, como o clônus, e exacerbação de reflexos discretos, como o cutâneo-abdominiais e cremastérico. Em certos casos aparecem ainda contraturas intensas causadas pelas posturas típicas dessa situação, que é a atitude flexora dos membros superiores e extensora dos membros inferiores. Este processo dificulta ainda mais a motilidade do portador de hemiplegia. (LIANZA, 2007)
Para O’sullivan (2004), nos primeiros estágios o acidente vascular encefálico vem acompanhado de flacidez sem movimentos voluntários. Durante a evolução é comum a substituição desse padrão pelo desenvolvimento de espasticidade, hiperreflexia e padrões de movimentos em massa, conhecidos como sinergismos. Nos diz Lianza (2007) que a lei de Wernick e Mann afirma que a redução da motilidade nesses pacientes é mais presente nos braços e nas pernas, os músculos do tronco e do pescoço são normalmente menos afetados.


2.3.1.1 Tipos de hemiplegia
Nas palavras de Lianza (2007), a hemiplegia pode se apresentar no corpo das seguintes maneiras:
− completa: quando acometem todo um dimídio ou incompletas: quando respeitam um segmento;
− proporcionais: quando o grau de déficit é semelhante em todos os membros afetados ou desproporcionais;
− diretas: quando se manifestam do mesmo lado do corpo ou alternas: quando comprometem partes de lados opostos;
O tipo de hemiplegia mais comum é a que se apresenta de maneira direta, já especificado anteriormente.
Lianza (2007) entende que este tipo ocorre quando a via piramidal é afetada
superiormente à sua decussação. Os principais tipos são:
− hemiplegia cortical: lesão que afeta a zona motora do córtex cerebral. Causa em geral hemiplegias completas e incompletas, desproporcional;
− hemiplegia subcortical: a lesão se localiza no centro oval. Semelhante à anterior;
− hemiplegia capsular: é a forma mais comum de hemiplegia e em geral se localiza no braço posterior e no joelho da cápsula interna. Pela localização da lesão é normal uma plegia maciça, em geral completa e proporcional;
− hemiplegia talâmica: em geral se apresenta com uma hemiparesia transitória, associada a manifestações sensitivas e transtornos dos movimentos oculares e pupilares;
− hemiplegia pirâmido-extrapiramidal: lesão ao nível das vias piramidais e centros extrapiramidais, podemos encontrar juntamente com o quadro da hemiplegia a rigidez e tremores principalmente.
Lianza (2007) apresenta os principais exemplos de etiologia para a hemiplegia:
− Lesões vasculares, principalmente os acidentes vasculares cerebrais ou
encefálicos;
− Traumatismo cranioencefálico ou medular;
− Compressões: tumores, hematomas, granulomas, malformações, cistos,
abscessos, exsudatos;
− Processos inflamatórios;
− Processos degenerativos;
− Doenças auto-imunes;
− Distúrbios metabólicos;
− Estado pós-convulsivo; e
− Malformações congênitas.
2.3.1.2 A avaliação
O’Sullivan (2004) alerta que é necessário um exame da função motora antes de qualquer intervenção. Este exame deve considerar três componentes: a história do paciente, a revisão dos sistemas relevantes e as medidas específicas. Para o autor a história ou anamnese deve incluir tanto o estado de saúde passado quanto o atual. A revisão dos sistemas tem a finalidade de fazer um exame de triagem, isto é um exame breve ou limitado dos sistemas corporais com vistas a identificar problemas potenciais, os quais exigirão testes mais extensivos. Por fim, explica o mesmo autor testes e medidas mais detalhados são fundamentais para delinear a exata natureza dos problemas descobertos. Lianza (2007) entende que o ponto importante da avaliação de um paciente portador de
hemiplegia é o seu grau de incapacidade. De início é comum que o lesionado não apresente limitação de movimentos articulares nem encurtamentos tendinosos, assim como, quando encontramos pacientes que não foram submetidos a tratamento em fase inicial ele possivelmente apresentará contraturas, entre elas as mais encontradas são no ombro e no tendão-de-aquiles. A partir da avaliação e da identificação do prognóstico, o tratamento pode ser direcionado para que o paciente tenha reais possibilidades de alcançar os objetivos traçados. Destacam-se a busca da recuperação funcional completa, com o retorno inclusive da atividade profissional, até mesmo a simples condição de manutenção, cura
de úlceras de decúbito, correção de deformidades e independência em cadeira de rodas. (LIANZA 2007)
Lianza (2007) afirma que durante a avaliação de um paciente com hemiplegia devem-se destacar os aspectos funcional e potencial de atividade profissional antes e depois da lesão.
O autor ainda diz que o exame funcional do paciente hemiplégico deve ser realizado em todas as atitudes posturais e transferências, observando-se também as atividades de vida diária. Esta capacidade funcional do paciente deve ser avaliada de forma quantitativa e qualitativa, ou seja, deve-se observar não somente o que o paciente realiza mas também como realiza.
Lianza (2007) apresenta a classificação das fases do hemiplégico de acordo com Brunnstrom, que ajuda a diagnosticar e avaliar sua incapacidade. São elas:

Fase I - Flacidez
Fase II - Desenvolvimento gradual de espasticidade com inicio de sinergias
Fase III - Aumento da espasticidade com algum controle voluntário das sinergias
Fase IV - Diminuição da espasticidade com aumento do controle dos componentes sinérgicos. A recuperação pode terminar nesta fase com a persistência das sinergias ou a diminuição parcial das sinergias totais
Fase V - Sinergias já não controlam mais os atos motores
Fase VI - Desenvolvimentos do movimento articular individual com início de
coordenação

2.3.1.3 Tratamento fisioterapêutico
Lianza (2007) afirma que, durante a fase de hospitalização a reabilitação, deve-se ter como objetivo principal a prevenção de complicações. Os procedimentos devem ser mudanças no leito para evitar escaras e posicionamento correto dos membros. Estes procedimentos são os primeiros passos para a aprendizagem da autonomia.
O mesmo autor traz a melhor maneira de se evitar as conseqüências comuns com o avanço do quadro de hemiplegia. Sendo importante o correto posicionamento do braço paralisado para evitar o ombro doloroso e a instalação do espasmo. Para esta última os apoios devem ser posicionados fazendo com que os membros flácidos adotem uma posição antiespástica. Sendo elas:
a) No membro superior:
− Adução da região escapular, favorecendo a rotação externa, em adução de ombro, e cotovelos em extensão e supinação, e ainda a oponência do polegar.
b) No membro inferior:
− Deve-se favorecer a rotação interna do quadril, flexão de joelho e manutenção de pés e tornozelos em 90 graus.

Tudo isto apresentado por Lianza (2007), favorece a inibição da espasticidade, bem como a facilitação, a propriocepção e o restabelecimento da consciência corporal.
O’sullivan (2004) diz que a reabilitação deve começar o mais rápido possível, aguardando apenas a intervenção médica imediata. O objetivo da reabilitação durante o estado agudo é estimular o potencial do paciente para a recuperação funcional. A mobilização precoce evita efeitos prejudiciais do descondicionamento e a possibilidade de comprometimentos secundários.
Existem vários fatores que influenciam na possibilidade de uma abordagem precoce nesses pacientes, dentre eles destacam-se a estabilidade médica, a motivação, a resistência do paciente e a capacidade de aprender. (O’SULLIVAN, 2004)
O’sullivan (2004) cita os objetivos da reabilitação em fase aguda da lesão.
− Monitoramento das mudanças associadas à recuperação;
− Melhora da tolerância a atividades e posições;
− Aperfeiçoamento das condições de posição ereta e em sustentação de peso;
− Diminuição do risco de comprometimentos secundários;
− Manutenção da mobilidade e integridade articular;
− Melhora do controle motor e da aprendizagem motora;
− Melhora do controle do tronco, simetria e equilíbrio;
− Aumento de resistência, força e potência; e
− Identificação das necessidades de adaptação ambiental, entre outros.
Lianza (2007) traz ainda a importância da mobilização passiva para o indivíduo portador da hemiplegia em fase inicial, sendo ela a manutenção da amplitude articular, além de evitar retrações musculares. É importante estimular o paciente a participar durante as mobilizações para que se possa estimular o córtex sensitivo motor. A mobilização passiva dos membros afetados deve ser iniciada 2 a 3 dias após a lesão e ser repetida várias vezes por dia.
O autor diz também que, sempre que possível, o paciente deve ser estimulado a permanecer fora do leito, bem como sentado em poltronas e cadeiras de roda, para reduzir os riscos causados pelo imobilismo.
O’sullivan (2004) aponta os estágios seqüenciais da recuperação na hemiplegia, são eles:
− Estágio 1: breve momento de flacidez imediatamente após o episódio agudo. Não sendo possível visualizar movimento voluntário.
− Estágio 2: neste estágio a espasticidade começa a se desenvolver e com ela respostas a movimentos voluntários mínimos.
− Estágio 3: a espasticidade aumenta mais, podendo se tornar grave. Já há um controle voluntário dos sinergismos de movimento.
− Estágio 4: a espasticidade começa a declinar, observam-se algumas combinações de movimentos que não seguem nenhum sinergismo.
− Estágio 5: neste estágio o indivíduo começa a aprender combinações mais difíceis de movimentos.
− Estagio 6: há o desaparecimento da espasticidade. Com isto, torna-se possível movimentar as articulações individualmente e a coordenação se aproxima do normal.
Lembrando que os estágios de recuperação podem variar de acordo com os procedimentos adotados após a lesão.


2.4 Materiais e métodos
O presente trabalho foi desenvolvido a partir do método de revisão bibliográfica, sendo estudado 8 autores sobre o assunto. Os autores escolhidos foram divididos entre o estudo da anatomia do sistema nervoso, a hemiplegia e a fisioterapia relacionada ao assunto. Dessa forma o estudo buscou uma análise objetiva e atual sobre o tema de escolha.


2.5 Resultados e discussões
As desordens neurovasculares são um assunto de grande popularidade entre os estudiosos. Os autores estudados neste trabalho apontam a importância de se conhecer o sistema nervoso, bem como suas diferentes áreas com respectivas funções. A partir deste conhecimento pode-se entender melhor o funcionamento do organismo como um todo, compreendendo que o sistema nervoso governa as demais estruturas.
Como vimos os seguimentos do corpo que apresentam uma maior destreza em sua função, são representados no sistema nervoso central com maior destaque. Dentre elas temos a função motora, representada no córtex motor. O acidente vascular encefálico é uma doença neurovascular, que tem como principal conseqüência a desordem motora denominada hemiplegia. Esta por sua vez, divide-se em fases de evolução, indo desde a fase flácida com total ausência de movimento voluntário até a espasticidade com presença de movimentos involuntários. A fisioterapia é apresentada no trabalho como a opção de tratamento mais eficaz para a prevenção de distúrbios e complicações conseqüentes à hemiplegia. Para isto, torna-se
necessária a intervenção precoce do fisioterapeuta. Os autores confirmam isso demonstrando que na fase inicial o paciente está apto a ser estimulado a desenvolver atividades voluntárias.
Por tudo isso os autores estudados afirmam que, com a intervenção precoce, pode-se prevenir complicações o que irá facilitar o retorno do paciente às suas atividades da vida diária, bem como as ocupacionais.


3. Conclusão
Pelo que foi estudado neste artigo, nota-se a importância da fisioterapia no atendimento precoce de pacientes portadores de hemiplegia após acidente vascular encefálico. Com uma abordagem precoce esses pacientes são privados de diversos problemas decorrentes da hemiplegia, alcançando, assim, um retorno às atividades de vida diária e ocupacionais de maneira mais rápida e garantida. Por isso é de grande importância a conscientização dos benefícios que um tratamento com fisioterapia, desde a fase inicial, pode proporcionar ao paciente.
Como afirmam os autores estudados, o sistema nervoso central é uma complexa máquina que controla todo nosso corpo de maneira especifica. Conhecendo esse sistema pode-se definir com mais exatidão como as patologias se instalam em nosso organismo e de que maneira podemos intervir para que se previna e/ou reverta as conseqüências causadas por essas enfermidades.
Dessa maneira, entendendo o papel da fisioterapia na reabilitação do paciente pode-se procurar uma melhora mais eficaz e direcionada aos indivíduos acometidos de hemiplegia.


4. Bibliografia
BRITO, Eliana Sales; RABINOVICH, Eliane Pedreira. Desarrumou Tudo! O Impacto do Acidente Vascular Encefálico na Família. São Paulo: Saúde e Soc. V.17 n. 2, 2008.
COHEN, Helen. Neurociência para Fisioterapeutas, tradução de Marcos Ikeda. Barueri: Manole, 2001
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LOPES. Attilio (coordenação e supervisão). Dicionário de Fisioterapia. Rio de Janeiro: 2005
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SPENCE, Alexander. Anatomia Humana Básica, tradução de Edson Aparecido Liberti. São Paulo: Manole, 1991

sábado, 18 de maio de 2013

ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA OSTEOARTROSE DE JOELHO: UMA REVISÃO LITERÁRIA

CARVALHO VS1, PORTO DVG2, CAMPOS LG2

1 Acadêmico da disciplina Estágio em Fisioterapia Ambulatorial I e II – Ulbra/Cachoeira do Sul-RS-BRASIL

2 Fisioterapeuta Supervisora do Estágio em Fisioterapia Ambulatorial I e II – Ulbra/Cachoeira do Sul-RS-BRASIL

RESUMO

A osteoartrose ou osteoartrite, e ainda chamada de gonartrose (OA) do joelho é uma doença de caráter degenerativo, predominante no sexo feminino, que provoca a destruição da cartilagem articular de forma progressiva e leva à deformidade da articulação, potencialmente com desequilíbrio muscular e ligamentar e ainda degeneração de outras estruturas presentes nesta articulação, como superfícies ósseas, meniscos, sinoviais e cápsula articular. Como tratamento não farmacológico, são: a educação dos pacientes e familiares, a reabilitação e os exercícios, a redução dos fatores mecânicos sobre a articulação e as terapias complementares (colocada também como opção coadjuvante do tratamento). Objetivo: revisão da literatura por meio da seleção e análise criteriosa de artigos científicos auxiliaria no planejamento das intervenções ao disponibilizar uma síntese das evidências sobre as técnicas utilizadas na reabilitação destas pessoas. Métodos: A pesquisa realizou-se na base eletrônica Scielo e Bireme, onde foi pesquisado no mês de abril de 2013, as seguintes palavras-chave: “osteoartrite” e “osteoartrose”, posteriormente as palavras-chave anterior em combinação com “fisioterapia”. Resultados: Foram encontrados com as palavras-chave 176 artigos, sendo validados 16 artigos após aplicação dos critérios de inclusão. Conclusão: existe consenso de que atividade física orientada, seja aeróbica ou treino de resistência favorece melhora significativa na qualidade de vida. Cresce a importância de incentivar a pesquisa envolvendo esta patologia, assim como maior participação de IES particulares através do incentivo a seus acadêmicos.

Palavras-chave: fisioterapia; osteoartite; joelho;

ABSTRACT

The osteoarthritis or osteoarthritis, and still call gonarthrosis (OA) of the knee is a degenerative disease of character, predominantly in females, which causes destruction of joint cartilage gradually and leads to joint deformity, muscle imbalance and potentially ligament and further degeneration of other structures present in this joint as bone surfaces, menisci, and synovial joint capsule. As a non-pharmacological treatment, are: education of patients and families, rehabilitation and exercise, reduction of mechanical factors on the joint and complementary therapies (also placed as an adjunct treatment option). Objective: To review the literature through the selection and analysis of scientific articles would aid in the planning of interventions by providing a synthesis of the evidence on the techniques used in the rehabilitation of these people. Methods: The study was conducted in the electronic database SCIELO and Bireme, which was searched in April 2013, the following keywords: "osteoarthritis" and "osteoarthritis", then those keywords in combination with previous "physiotherapy”. Results: We found with the keyword 176 articles, 16 articles being validated after application of the inclusion criteria. Conclusion: There is consensus that guided physical activity, either aerobic or resistance training promotes significant improvement in quality of life. Growing importance of encouraging research involving this disease, as well as greater participation of private HEIs by encouraging their academics.

INTRODUÇÃO

A osteoartrose ou osteoartrite, e ainda chamada de gonartrose (OA) do joelho é uma doença de caráter degenerativo, predominante no sexo feminino, que provoca a destruição da cartilagem articular de forma progressiva e leva à deformidade da articulação, potencialmente com desequilíbrio muscular e ligamentar e ainda degeneração de outras estruturas presentes nesta articulação, como superfícies ósseas, meniscos, sinoviais e cápsula articular.1, 2, 10.

Embora com etiologia desconhecida, postula-se como possíveis causas etiológicas o fator sobrecarga, como fatores ocupacionais e sobrepeso, notoriamente em articulações de suporte de peso (joelho, quadril), provocando na patologia estabelecida dor articular protocinética, diminuição da força muscular, incapacidade funcional, alterações proprioceptivas e em fase mais avançada, deformidades. A OA ocasiona a diminuição da força muscular e pode acarretar progressiva perda de função, pois os músculos são importantes absorvedores de choque que ajudam a estabilizar a articulação. Na osteoartrose de joelho (OAJ), observa-se precocemente diminuição de força de flexores e extensores de joelho que estão relacionadas à diminuição da capacidade funcional e a habilidade em realizar atividades como subir escadas, levantar, sentar e caminhar. 3, 4.

Apesar de não acometer somente idosos, estudos apontam para a influência da idade na OA, neste sentido, estudos afirmam que a idade influencia a gravidade da OA, principalmente, em mulheres, instalando-se por volta dos 20 a 30 anos, de forma assintomática, e intensificando-se depois dos 40 anos, quando quase todos passam a apresentar algumas modificações patológicas das articulações. A incidência está altamente relacionada ao envelhecimento, pois a doença afeta cerca de 50% dos indivíduos com mais de 65 anos e aos 70 anos de idade, aproximadamente 85% da população tem OA diagnosticável e todos apresentam alterações radiológicas compatíveis com a doenca.4, 5, 7.

Existem várias classificações para a OA. A mais aceita no meio internacional divide a patologia em dois subtipos: osteoartrites primária e secundária. A OA primária, também denominada generalizada ou idiopática, não possui causa óbvia. Afeta várias articulações simultaneamente, com maior incidência no sexo feminino, a partir da quinta década de vida, no período pós-menopausa. De etiologia desconhecida, acredita-se existir um fator genético importante ligado ao seu surgimento. Ela é geralmente do tipo simétrica, acometendo, paralelamente, ambos hemicorpos. A OA secundária surge como consequência de outras condições, tais como: trauma após lesão grave, resultando em fratura das superfícies articulares; microtraumas de repetição; sobrecarga; hiperfrouxidão ligamentar; luxação; infecção; perda da vascularização; deformidades; obesidade; hemofilia; acromegalia; hipertireoidismo; articulações de Charcot; entre outros.10

O risco de incapacidade decorrente da OA isoladamente é maior do que a de qualquer outra condição médica. Porém, no momento, não há cura conhecida para a OA e o objetivo do tratamento é a melhora da dor, da função e da qualidade de vida relacionada à saúde, minimizando, sempre que possível, a toxicidade terapêutica. Exercícios físicos, fisioterapia e terapia ocupacional estão relacionados a melhora da atividade física e da qualidade de vida.3, 6.

Nas intervenções não farmacológicas, são: a educação dos pacientes e familiares, a reabilitação e os exercícios, a redução dos fatores mecânicos sobre a articulação e as terapias complementares (colocada também como opção coadjuvante do tratamento). Um grande número de pesquisas demonstrou que a estimulação elétrica transcutânea pode modular a dor.8

O treinamento físico não tem impacto sobre o processo fisiopatológico da doença e que ele é efetivo no controle da dor e na melhora da função do idoso. Já para o equilíbrio, os estudos relacionam a atividade física com a melhora na estabilidade postural e na marcha do idoso, o que pode reduzir as quedas nessa faixa da população.9

Com o exposto acima, uma revisão da literatura por meio da seleção e análise criteriosa de artigos científicos auxiliaria no planejamento das intervenções ao disponibilizar uma síntese das evidências sobre as técnicas utilizadas na reabilitação destas pessoas.

METODOLOGIA

A pesquisa realizou-se na base eletrônica Scielo e Bireme, onde foi pesquisado no mês de abril de 2013, as seguintes palavras-chave: “osteoartrite” e “osteoartrose”, posteriormente as palavras-chave anterior em combinação com “fisioterapia”. Os critérios de inclusão foram divididos em duas fases, a primeira composta por: 1) período de publicação compreendido entre os anos de 2008 a 2013; 2) ter no mínimo uma das palavras-chave no título; e 3) idiomas em português, inglês e espanhol. A segunda composta por: 1) conter no resumo informações que atenda o objetivo deste estudo; 2) caso repetida em outra base de dados, prevalecendo apenas um artigo.

As informações dos trabalhos foram resumidas de forma padronizada, com base nos seguintes tópicos: ano de publicação, tipo de Instituição de Ensino Superior (IES), autores, título e o tipo de tratamento adotado.

RESULTADOS

Como resultado da pesquisa foram encontrados com a palavra-chave “osteoartrose” 46 artigos, com a palavra-chave “osteoartrite” 106 artigos, com a combinação entre “fisioterapia e osteoartrose” 3 artigos, e com a combinação “fisioterapia e osteoartrite 21 artigos.

Foram selecionados na 1ª fase 13 artigos para a palavra-chave “osteoartrose”, 31 artigos para a palavra-chave “osteoartrite”, 2 artigos para a combinação de palavras-chave “fisioterapia e osteoartrose” que repetiram em outra base de dados e 12 artigos para a combinação de palavras-chave “fisioterapia e osteoartrite”, que foram para a seleção do critérios de inclusão de leitura do resumo. Nesta 2ª fase obtivemos o número final de artigos assim distribuídos: com a palavra-chave “osteoartrose” 4 artigos; com a palavra-chave “osteoartrite” 11 artigos; nenhum artigo com a palavra-chave “fisioterapia e osteoartrose” por repetir outro artigo já pesquisado; 1 artigo com a palavra-chave “fisioterapia e osteoartrite” (Tabela 1).

TABELA 1

Demonstrativo da quantidade de artigos encontrados e excluído após aplicação dos critérios de inclusão

 

Total

1ª Fase

2ª Fase

%

Osteoartrose

46

13

4

8,7%

Osteoartrite

106

31

11

10,4%

Fisioterapia + Osteoartrose

3

2

0

0,0%

Fisioterapia + Osteoartrite

21

12

1

4,8%

Total

176

58

16

9,1%

Demonstrativo dos artigos encontrados e porcentagem de artigos válidos.

Na Tabela 2 podemos observar que a quantidade de pesquisas realizadas e publicadas entre os anos de 2008 e 2013 tem maior concentração no ano de 2011, com 9 publicações, seguida do ano de 2012, com 5 publicações.

Observa-se também que autores de IES públicas somam a maior participação nas publicações, tendo 10 publicações. Cabe ressaltar ainda a participação compartilhada entre IES pública e privada, somando 4 publicações e as IES Particulares publicaram apenas 2 artigos.

Constata-se a variedade de assunto envolvendo a patologia em questão, justificada por ser uma patologia de grande incidência na população mundial.

TABELA 2

Tópicos analisados nos artigos selecionados

Nr Ordem

Ano Publicação

Tipo de IES

Autores

Título

Tratamento

Resultado

1

2011

Pública

Camanho, Gilberto Luis, Imamura, Marta and Arendt-Nielsen, Lars11

Gênese da dor na artrose.

Revisão

Importância da redução da dor como objetivo primordial

2

2011

Particular

Garrido, Carlos Antônio, Sampaio, Tania Clarete Fonseca Vieira Sales and Ferreira, Frederico de Souza12

Estudo comparativo entre a classificação radiológica e análise macro e microscópica das lesões na osteoartrose do joelho

Diagnóstico por imagem, in look

Correlação parcial entre macro e microscópica

3

2013

Pública

Duarte, Vanderlane de Souza et al.13

Exercícios físicos e osteoartrose: uma revisão sistemática

Revisão

Maior incidência de exercícios aquáticos

4

2011

Pública

Morgan, Charles Ricardo and Santos, Franklin Santana14

Estudo da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) nível sensório para efeito de analgesia em pacientes com osteoartrose de joelho.

TENS

Significativo

5

2012

Pública / Particular

Bastiani, Denise et al.15

Trabalho e potência dos músculos extensores e flexores do joelho de pacientes com osteoartrite e com artroplastia total de joelho.

Potência entre OA e ATJ*

Não há diferença entre os grupos de OA e ATJ

6

2012

Pública

Oliveira, Aline Mizusaki Imoto de et al.16

Impacto dos exercícios na capacidade funcional e dor em pacientes com osteoartrite de joelhos: ensaio clínico randomizado.

Fortalecimento de quadríceps

Efetivo na melhora da dor, rigidez e função

7

2011

Pública / Particular

Bryk, Flavio Fernandes et al.17

Efeito imediato da utilização da joelheira elástica em indivíduos com osteoartrite.

Uso de órtese (joelheira elástica)

Melhora significativa da dor e da funcionalidade

8

2011

Pública

Fukuda, Vanessa Ovanessian et al.18

Eficácia a curto prazo do laser de baixa intensidade em pacientes com osteoartrite do joelho: ensaio clínico aleatório, placebo-controlado e duplo-cego.

Laserterapia

Melhora a curto prazo da dor e da funcionalidade

9

2012

Particular

Carlos, Karina Paz, Belli, Bruno dos Santos and Alfredo, Patrícia Pereira19

Efeito do ultrassom pulsado e do ultrassom contínuo associado a exercícios em pacientes com osteoartrite de joelho: estudo piloto.

Uso de US Contínuo e Pulsado

USC + exercício é mais efetivo

10

2012

Pública / Particular

Pompeo, Klauber Dalcero, Mello, Mônica de Oliveira and Vaz, Marco Aurélio20

Inibição muscular dos extensores do joelho em sujeitos acometidos por condromalácia patelar e osteoartrite do joelho - um estudo de revisão sistemática.

Revisão Inibição muscular

Necessita mais estudos

11

2010

Pública

Chacur, Eduardo Paul et al.21

Avaliação antropométrica e do ângulo quadricipital na osteoartrite de joelho em mulheres obesas.

Pesquisa

Correlaciona obesidade a OA

12

2011

Pública / Particular

Silva, Lorine da et al.22

Efeitos da craniopuntura de Yamamoto na osteoartrite de joelho: estudo de caso.

Estudo de caso, craniopuntura

Efetiva na dor, ADM, funcionalidade e qualidade de vida

13

2012

Pública

Silva, Andressa et al.23

Efeito de exercícios terapêuticos no equilíbrio de mulheres com osteoartrite de joelho: uma revisão sistemática

Revisão

Melhora do equilíbrio

14

2011

Pública

Kirkwood, Renata N. et al.24

Aplicação da análise de componentes principais na cinemática da marcha de idosas com osteoartrite de joelho

Análise da marcha

Disfunção mecânica (perda da flexão do joelho)

15

2011

Pública

Imoto, Aline Mizusaki, Peccin, Maria Stella and Trevisani, Virgínia Fernandes Moça25

Exercícios de fortalecimento de quadríceps são efetivos na melhora da dor, função e qualidade de vida de pacientes com osteoartrite do joelho.

Fortalecimento quadríceps

Efetivo na melhora da dor, função e qualidade de vida

16

2011

Pública

Santos, Mary Luci Avelar Di Sabatino et al.26

Desempenho muscular, dor, rigidez e funcionalidade de idosas com osteoartrite de joelho.

Observacional

Força, resistência e equilíbrio muscular devem ser enfatizados

*Artroplastia total de joelho


CONCLUSÃO

Após leitura da bibliografia e análise dos resultados das mesmas podemos constatar que a dor ocasionada pelos sintomas da osteoartrose afasta as pessoas nas suas atividades profissionais, físicas, afetando consideravelmente seu quadro emocional tornando-a antissocial.

Desta forma, há consenso de que atividade física orientada, seja aeróbica ou treino de resistência favorece melhora significativa na qualidade de vida das pessoas acometidas por osteoartrose, diminuindo o quadro álgico e desta forma tornando a atividade física e as AVD’s mais prazerosas, sempre devendo ser considerado caso a caso para determinação de qual tratamento/atividade é mais aconselhável para a fase que o indivíduo se encontra.

Observa-se também a necessidade de incentivar os acadêmicos das IES particulares a desenvolverem mais pesquisas ou enviá-las para publicação, pois foram as que apresentaram menor participação nos trabalhos avaliados.

Por tratar-se de uma patologia com altos índices de incidência cresce de importância o incentivo de produção e publicação de tais estudos, formando assim tratamentos baseados em evidências e contribuindo para o incremento no tratamento das pessoas acometida por esta patologia degenerativa.

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11. Camanho, Gilberto Luis, Imamura, Marta and Arendt-Nielsen, Lars Gênese da dor na artrose. Rev. bras. ortop., 2011, vol.46, no.1, p.14-17. ISSN 0102-3616

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13. Duarte, Vanderlane de Souza et al. Exercícios físicos e osteoartrose: uma revisão sistemática. Fisioter. mov., Mar 2013, vol.26, no.1, p.193-202. ISSN 0103-5150

14. Morgan, Charles Ricardo and Santos, Franklin Santana Estudo da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) nível sensório para efeito de analgesia em pacientes com osteoartrose de joelho. Fisioter. mov., Dez 2011, vol.24, no.4, p.637-646. ISSN 0103-5150

15. Bastiani, Denise et al. Trabalho e potência dos músculos extensores e flexores do joelho de pacientes com osteoartrite e com artroplastia total de joelho. Rev. Bras. Reumatol., Abr 2012, vol.52, no.2, p.195-202. ISSN 0482-5004

16. Oliveira, Aline Mizusaki Imoto de et al. Impacto dos exercícios na capacidade funcional e dor em pacientes com osteoartrite de joelhos: ensaio clínico randomizado. Rev. Bras. Reumatol., Dez 2012, vol.52, no.6, p.876-882. ISSN 0482-5004

17. Bryk, Flavio Fernandes et al. Efeito imediato da utilização da joelheira elástica em indivíduos com osteoartrite. Rev. Bras. Reumatol., Out 2011, vol.51, no.5, p.440-446. ISSN 0482-5004

18. Fukuda, Vanessa Ovanessian et al. Eficácia a curto prazo do laser de baixa intensidade em pacientes com osteoartrite do joelho: ensaio clínico aleatório, placebo-controlado e duplo-cego. Rev. bras. ortop., Out 2011, vol.46, no.5, p.526-533. ISSN 0102-3616

19. Carlos, Karina Paz, Belli, Bruno dos Santos and Alfredo, Patrícia Pereira Efeito do ultrassom pulsado e do ultrassom contínuo associado a exercícios em pacientes com osteoartrite de joelho: estudo piloto. Fisioter. Pesqui., Set 2012, vol.19, no.3, p.275-281. ISSN 1809-2950

20. Pompeo, Klauber Dalcero, Mello, Mônica de Oliveira and Vaz, Marco Aurélio Inibição muscular dos extensores do joelho em sujeitos acometidos por condromalácia patelar e osteoartrite do joelho - um estudo de revisão sistemática. Fisioter. Pesqui., Jun 2012, vol.19, no.2, p.185-190. ISSN 1809-2950

21. Chacur, Eduardo Paul et al. Avaliação antropométrica e do ângulo quadricipital na osteoartrite de joelho em mulheres obesas. Fisioter. Pesqui., Set 2010, vol.17, no.3, p.220-224. ISSN 1809-2950

22. Silva, Lorine da et al. Efeitos da craniopuntura de Yamamoto na osteoartrite de joelho: estudo de caso. Fisioter. Pesqui., Set 2011, vol.18, no.3, p.287-291. ISSN 1809-2950

23. Silva, Andressa et al. Efeito de exercícios terapêuticos no equilíbrio de mulheres com osteoartrite de joelho: uma revisão sistemática. Rev. bras. fisioter., Fev 2012, vol.16, no.1, p.1-9. ISSN 1413-3555

24. Kirkwood, Renata N. et al. Aplicação da análise de componentes principais na cinemática da marcha de idosas com osteoartrite de joelho. Rev. bras. fisioter., Fev 2011, vol.15, no.1, p.52-58. ISSN 1413-3555

25. Imoto, Aline Mizusaki, Peccin, Maria Stella and Trevisani, Virgínia Fernandes Moça Exercícios de fortalecimento de quadríceps são efetivos na melhora da dor, função e qualidade de vida de pacientes com osteoartrite do joelho. Acta ortop. bras., 2012, vol.20, no.3, p.174-179. ISSN 1413-7852

26. Santos, Mary Luci Avelar Di Sabatino et al. Desempenho muscular, dor, rigidez e funcionalidade de idosas com osteoartrite de joelho. Acta ortop. bras., 2011, vol.19, no.4, p.193-197. ISSN 1413-7852